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Ajudar as crianças e jovens a lidar com o Covid-19

Foto do escritor: Pedro Paulo DuartePedro Paulo Duarte

O Covid-19 é uma realidade no nosso País, a cada dia existem mais casos e não são só os adultos e mais idosos a serem infectados, na população infectada existem crianças, adolescentes e jovens entre os doentes com o coronavírus.


O Vírus não é uma doença tropical, uma febre asiática, ou algo longínquo que pela distância nos deixa mais tranquilos e por vezes absortos. A OMS ontem mesmo decretou o novo vírus um pandemia, o termo é usado para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas ao redor do mundo simultaneamente. É esse mesmo o caso do COVID-19.


As autoridades de saúde e a DGS pedem-nos cuidados sanitários extra e de prevenção, e solicitam que ajudemos as nossas crianças e jovens a levarem a cabo, também eles, esses cuidados. É um dever cívico, mas considero sobretudo, um dever moral, o de assimilarmos e executarmos esses mesmos cuidados. Não é só a nós mesmos que nos estamos a proteger, ou aos nossos filhos, mas também aos mais velhos, aos grupos de risco, ou aos mais doentes, ajudando assim a sociedade no seu todo.


E muito do que é ser humano, é cuidar e proteger dessa mesma Humanidade. Não percamos esta humanidade, que é parte de nós e nós parte dela. Sejamos responsáveis e levemos as nossas crianças e jovens até a essa responsabilidade. Com pequenas coisas e pequenos gestos, que nesta fase de contágio têm de levar a mudanças no nosso comportamento.


Uma correta higiene mostrou-se essencial na prevenção do COVID-19. A lavagem das mãos, o cuidado com onde se toca, a atenção quando se tosse e espirra já está divulgado por todos os locais e também nas escolas, mas tem de ser reforçado pelos pais e explicado o porquê, de nesta fase termos atenção a isto.


Ao explicar às nossas crianças e jovens sejamos honestos e directos, respondendo ao que nos perguntarem, mas sem amedrontar, sem criar stress desnecessário ou ansiedade, mas apelando à prevenção e à responsabilidade social; os jovens vibram com causas sociais - por exemplo nas causas ambientais e na solidariedade - porque sentem que estão a ser chamados ao processo de construção desta sociedade, que têm voz activa neste mundo que também é seu, a construir algo novo, pois bem, este é um momento diferente e sem precedentes na nossa sociedade, vamos envolve-los neste mesmo processo. Lembrando-os que estas medidas são para ajudar outros a erradicar o vírus. E que neste ciclo de bem comum, quebra-se a cadeia de contágio.


Depois há as medidas mais sérias, que afectam as nossas crianças e jovens, por exemplo quando se fecha a sua escola, porque há um caso de um aluno ou de um familiar com COVID-19, quando fecha o seu ginásio, ou a sua piscina e é pedido o isolamento social. A uma criança pequena torna-se mais simples de explicar ( e digo, de novo, explicar sem alarmismo, eles são susceptíveis à nossa ansiedade), que nesse momento é solicitado que se fique em casa, que se aproveite para brincar, tirar os jogos do armário, fazer sessões de cinema na sala, fazer algumas fichas da escola, rever alguma matéria, esperando novas indicações da escola. Para os jovens é essencial que percebem que quando isto acontece, tem de ser mudar alguns hábitos e rotinas sociais. É importante perceberem que TEMPORARIAMENTE, repito-o para que não se alarmem, TEMPORARIAMENTE têm de mudar o chip. Não é um castigo, é uma medida temporária, que vai ajudá-los, mas também aos pais e avós. E estas medidas passam por tentarem fazer uma pausa nas selfies, com o grupo de 10 amigas agarradas a fazer insta stories de língua de fora; nos Tic Tocs de grupo, super giros, mas que por enquanto vamos tentar ter prudência; Se a escola fecha para isolamento social é para a prevenção de cada um, logo, não se vai à escola, fica-se em casa em isolamento, mas o fecho das escolas tem servido para depois marcar encontros de turma no centro comercial, isso não é prevenção é imprudência. E esta explicação compete aos pais, que são os PAIS deles e têm de os ajudar a decidir; refiro sempre que na adolescência dar autonomia é essencial, mas neste momento a autonomia é importante mas a responsabilidade também. Sem alarmismos, mas com honestidade e responsabilidade.


Ajudemos as nossas crianças e jovens a posicionarem-se nesta nova realidade, tentando sempre ser o mais possível directos, honestos e assertivos. Bem sei que por vezes, cada um de nós, não sabe bem como se posicionar, o que sentir, o que fazer e o que discernir sobre esta pandemia. Mas o primeiro passo é ter calma e prudência, depois analisemos as hipóteses que temos, ou que nos forem propostas pelas autoridades de saúde, avaliemos essas mesmas hipóteses e tomemos as decisões que mais se ajustem a nós, às nossas necessidades e da nossa família.


Proteja-se e proteja os seus, cuide de si e do bem-comum.


Pedro Paulo Duarte - Psicólogo







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